Doze anos depois, 4 holandeses querem fim de "fantasma Taffarel"
Semifinal da Copa do Mundo de 1998. Depois de sofrerem uma eliminação para o Brasil nas quartas, em 1994, os holandeses voltam a encarar os sul-americanos, com um belo esquadrão comandado por Guus Hiddink. Nova frustração. Desta vez na disputa por pênaltis em uma bela exibição de Taffarel, que defendeu duas cobranças e colocou a Seleção em sua segunda final seguida de Copa.Quatro jogadores holandeses que viveram a decepção de serem eliminados pelo Brasil naquele dia têm a chance de apagar a derrota da memória na próxima sexta: Frank de Boer, Phillip Cocu, Giovanni Van Bronckhorst e André Ooijer estão no grupo holandês na disputa da Copa de 2010, na África do Sul.
Titulares em 1998 e participantes ativos do jogo no Estádio Velodrome, o ex-zagueiro Frank de Boer e o ex-volante Phillip Cocu agora integram a comissão técnica da Holanda, como auxiliares do técnico Bert van Marwijk. Naquela semifinal, De Boer venceu Taffarel na disputa por pênaltis, mas viu seu irmão gêmeo Ronald desperdiçar a última cobrança.
Já Cocu viveu a frustração de ter seu chute defendido pelo arqueiro brasileiro, hoje observador da Seleção. Sem pensar em revanche e evitando comentar sobre a derrota de 12 anos atrás, o volante vê semelhanças entre as seleções de 1998 e 2010.
"Não acho que estas seleções encantem menos que as de 98 como estão dizendo. Vejo muitas características parecidas entre as duas equipes, tanto do lado holandês, quanto do lado brasileiro. Os grupos atuais têm qualidade e peças que podem desequilibrar". Cocu fez mistério sobre o que os holandeses pretendem armar para superar o time comandado por Dunga, outro algoz seu em 1998.
"Não posso falar. Primeiro vamos analisar esta equipe do Brasil para montar a estratégia a partir de amanhã (hoje). Não sei se mudaremos o esquema ou não", disse o ex-volante depois da vitória sobre a Eslováquia, ontem, que colocou os holandeses nas quartas de final. Se Cocu e De Boer tentarão ajudar a apagar o trauma de 12 anos do lado de fora do campo, dois jogadores daquela seleção de 1998 poderão se vingar dentro do gramado. Novatos e assistindo àquela semifinal do banco de reservas, Van Bronckhorst, lateral e capitão da atual seleção, e o zagueiro Ooijer têm chances de parar Kaká, Robinho e companhia.
Titular absoluto da lateral da Holanda e jogador mais experiente da seleção, Van Bronckhorst sabe que seu time terá que fazer muito mais do que fez até agora no Mundial para derrotar a Seleção, na próxima sexta, em Port Elizabeth.
"Temos muito a melhorar ainda. O time ainda tem mostrado falta de atenção em alguns momentos e isso não poderá acontecer daqui para frente", disse.
O certo é que os holandeses chegam para o duelo de quartas de final com um retrospecto intimidador em solos sul-africanos. A nova "Laranja Mecânica" é uma das duas equipes com 100% de aproveitamento na competição, ao lado da Argentina dirigida por Diego Maradona.
Os comandados de Bert van Marwijk passaram com certa tranquilidade por Dinamarca, Japão e Camarões na primeira fase e eliminaram nas oitavas os eslovacos, que haviam deixado para trás a Itália na fase de grupos.
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