Brasil sobe para terceiro no ranking da Fifa

O Brasil subiu uma posição no novo ranking mundial de seleções, divulgado pela Fifa nesta quarta-feira, e assumiu a terceira colocação. Beneficiada pelas vitórias sobre Irã e Ucrânia, a seleção de Mano Menezes ganhou o posto da Alemanha, que caiu da terceira para a quarta posição.

Depois da frustrante campanha na Copa do Mundo, quando foi eliminado nas quartas de final, o Brasil deixou a primeira posição do ranking - foi ultrapassado pela campeã mundial Espanha e pela vice Holanda - e caiu para terceiro. Sem ter realizado nenhum amistoso em setembro, perdeu novo posto para a Alemanha. Mas agora, ganhou 13 pontos e reassumiu a terceira posição.
As duas primeiras posições, por sua vez, não sofreram nenhuma alteração. A Espanha segue na liderança e ampliou em 37 pontos sua vantagem sobre a Holanda. Também não houve mudanças do quinto ao oitavo: mesmo com a derrota para o Japão, a Argentina permaneceu na quinta posição, seguida por Inglaterra, Uruguai e Portugal.
Com a vitória sobre Israel pelas Eliminatórias da Eurocopa de 2012, a Croácia ganhou duas posições e está em nono. Melhor ainda fez a Rússia, que saltou de 25.º para décimo após superar Irlanda e Macedônia.
Entre as grandes potencias europeias futebolísticas, a Itália caiu três posições e está apenas em 16.º. E a França, com as vitórias sobre Romênia e Luxemburgo, ganhou nove colocações e voltou ao Top 20, no 18º posto.
O próximo ranking da Fifa será divulgado em 17 de novembro, mesmo dia do amistoso entre a seleção brasileira e a Argentina. Assim, os pontos do confronto não serão computados na nova listagem.

Confira os 20 primeiros colocados do ranking da Fifa:

1.º Espanha, 1.881 pontos
2.º Holanda, 1.683
3.º Brasil, 1.493
4.º Alemanha, 1.481
5.º Argentina, 1.320
6.º Inglaterra, 1.205
7.º Uruguai, 1.167
8.º Portugal, 1.123
9.º Croácia, 1.086
10.º Rússia, 1.061
11.º Egito, 1034
12.º Grécia, 1026
13.º Noruega, 989
14.º Chile, 931
15.º Eslovênia, 926
16.º Itália, 901
17.º Gana, 891
18.º França, 888
19.º Costa do Marfim, 871
20.º Eslováquia, 865
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Seleção Brasileira vence o terceiro amistoso diante do Irã

Em um jogo que não empolgou a torcida, a Seleção Brasileira venceu o Irã, por 3 a 0, em Abu Dhabi. O amistoso foi o segundo jogo do Brasil sob o comando de Mano Menezes.

O lateral Daniel Alves abriu o placar para os brasileiros no começo do primeiro tempo. Na segunda etapa, Alexandre Pato aumentou a vantagem do Brasil, após um belo passe do corintiano Elias. Já nos acréscimos, Nilmar fechou o marcador,

O jogo - A Seleção Brasileira foi superior em toda a primeira etapa, mas foi o Irã que começou assustando, logo aos quatro minutos. Após cobrança rápida de lateral, Gholami marcou pelos iranianos, mas o juiz anulou o gol, alegando impedimento.
Depois do susto, o Brasil começou a mandar no jogo e abriu o marcador aos 13 minutos, com linda cobrança de falta de Daniel Alves. A bola bateu na trave e entrou no ângulo do goleiro Rahmati.
Seis minutos depois, Robinho teve a chance de aumentar a vantagem, mas acertou a trave adversária. No rebote, Alexandre Pato chutou para fora do gol.
Nos 15 minutos finais da primeira etapa, o Brasil apenas tocou a bola e o Irã procurava um espaço na defesa brasileira.
A seleção iraniana voltou melhor para o segundo tempo e teve a oportunidade de igualar o marcador, aos três minutos, com Nekounan, que acertou a trave brasileira. No rebote, Ramires tirou em cima da linha e afastou o perigo. Aos 12, Pato chutou de longe, mas o goleiro iraniano fez uma bela defesa e mandou a bola para escanteio.
A partida permaneceu morta até os 23 minutos, quando Elias deu belo passe para Pato, que aumentou a vantagem brasileira.
Depois dos 2 a 0, o jogo voltou a esfriar. As duas equipes continuaram buscando o gol adversário, mas sem grandes chances para nenhum dos dois lados. Porém, nos acréscimos, aos 46 minutos, André Santos cruzou para dentro da área e Nilmar colocou a bola para dentro, fechando o marcador.
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Seleção Brasileira vence amistoso contra Ucrânia por 2 a 0

A seleção brasileira confirmou na tarde desta segunda-feira (11) a invencibilidade do técnico Mano Menezes em três confrontos. No amistoso disputado contra a Ucrânia na Inglaterra, o Brasil venceu por 2 a 0 com gols de Daniel Alves e Pato. Em partidas anteriores, o Brasil venceu os Estados Unidos por 2 a 0, em agosto, e na semana passada o Irã por 3 a 0.

O Brasil saiu na frente aos 24 minutos do primeiro tempo. Robinho desceu pela esquerda e cruzou para Daniel Alves que bateu de primeira. Com pleno domínio da partida, o Brasil continuou com grande volume de jogadas. Aos 35 minutos, o time perdeu a chance de ampliar o marcador. Alexandre Pato conseguiu um bom contra-ataque e chutou forte na trade. No rebote Carlos Eduardo bate por cima.
No início do segundo tempo, a seleção brasileira volta com alteração. Adriano substitui André Santos. Aos cinco minutos da segunda etapa foi a vez dos ucranianos assustarem os brasileiro. Ruslan Rotan pega sobra e acerta a trave do goleiro Victor.
No entanto, aos 18 minutos a seleção canarinho fecha a conta. Carlos Eduardo recebe bom passe de Robinho pela direita e cruza para o domínio de Alexandre Pato, que gira e bate sem chances. Final de partida, Brasil 2 x 0 Ucrânia
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Mano Menezes Tem Sua Primeira Vitória no Comando da Seleção

O trabalho ainda está no começo e, até por isso, o técnico Mano Menezes quis usar o amistoso contra os Estados Unidos, na última terça-feira, para conhecer melhor os atletas convocados. Com a vitória praticamente assegurada - por 2 a 0 -, o treinador realizou seis substituições (sendo uma delas por motivo de contusão) e aprovou o desempenho dos atletas que ganharam uma chance de entrar no time.

A seleção brasileira começou a partida com Victor, Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz, André Santos, Lucas, Ramires, Paulo Henrique Ganso, Robinho, Neymar e Alexandre Pato. Entraram durante a partida Diego Tardelli, Hernanes, Carlos Eduardo, André e Jucilei. Ederson participou por apenas alguns minutos, já que se contundiu no seu primeiro lance do jogo.
“Essa é a base do início do trabalho e a sequência é que vai mostrar o quanto vamos manter ou o que precisamos repensar. Apesar de ter sido positivo, um jogo é muito pouco, então você não exclui ninguém. A confiança é grande nesse grupo inicial e espero que eles confiem naquilo que temos a expectativa”, comentou o treinador da seleção.
A utilização do máximo de jogadores possível auxiliou Mano Menezes, ainda mais pelo fato de o treinador ter realizado apenas dois treinamentos da equipe, sendo que, em nenhum dos dias, houve um coletivo.
“O que vimos em campo não foi em função dos treinamentos que fizemos, certamente. A maior parte foi em função da qualidade individual dos jogadores, mostrada principalmente no posicionamento. Se fossemos bem organizados, teríamos a oportunidade de mostrar aquilo que os jogadores têm”, destacou Mano.
O principal ponto positivo da seleção que disputou a Copa do Mundo era a defesa. Mano Menezes, no entanto, foi forçado a renovar o setor e apostou em jogadores que, apesar de já terem sido convocados por Dunga (como Victor, Daniel Alves, Thiago Silva e André Santos), ganharam o status de titular nesta nova equipe.
Porém, coube ao novato David Luiz o título de grande surpresa deste primeiro amistoso. Mesmo recebendo o único cartão amarelo, o jogador demonstrou seriedade com a bola nos pés, eficiência na marcação e, com isso, foi decisivo para que a defesa não sofresse gols, mesmo com os Estados Unidos utilizando basicamente a mesma equipe que esteve e chegou até as oitavas de final na última Copa do Mundo.
“Sempre trabalhei com humildade, com os pés no chão, e sempre soube respeitar e ver que tinha jogadores na minha frente. Hoje tive uma oportunidade, e estou muito feliz por estrear com o pé direito diante de uma equipe muito qualificada como é essa dos Estados Unidos, que fez um excelente Mundial”, comemorou o zagueiro estreante.
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"Era Mano" Aponta Para Tranquilidade

Uma era mais “light” desponta na seleção brasileira. Após quatro anos sob o comando de um “carrancudo” Dunga, as rédias passam de dono e tempos de paz entre comissão técnica e imprensa já surgem na figura de Mano Menezes. Apesar da aparente seriedade, o novo treinador já deixou transparecer que a relação entre as partes será de respeito e descontração.

“O que aconteceu nas últimas duas Copas servem de lição para a gente. Estamos mais maduros para saber como vamos proceder daqui para frente. Só prezo o respeito, gosto muito de ser respeitado e de respeitar o próximo. Se isso acontecer, não haverá problema”, disse Mano Menezes.
Logo em sua primeira entrevista coletiva, ficou clara a diferença de postura das duas partes numa comparação com Dunga. Pelo lado da imprensa, palavras de apoio, risadas e comentários positivos. Mano Menezes, por sua vez, foi calmo em responder as perguntas e uma pequena dose de humor.
Mano Menezes, entretanto, prometeu não dar informações de “mão beijada” aos jornalistas. “É um começo de trabalho e estamos otimistas com o desfecho. Posso dizer que sou uma pessoa que nunca minto, mas eu omito coisas. Por isso, não vou revelar todas os acontecimentos para vocês”, brincou, recebendo sorrisos da parte de seus entrevistadores.
Tão agradável foi o clima que rondou as primeiras horas com Mano Menezes, que até surpreendeu o assessor de imprensa da seleção, Rodrigo Paiva. No desligar dos microfones, o profissional não conteve sua satisfação.
“Que beleza. Hoje (segunda-feira) não teve nenhuma confusão e nem brigas. Todo mundo mais calmo por aqui”, salientou.
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Mano Menezes é Apresentado Como o Novo Técnico da Seleção Brasileira


O ex-treinador do Corinthians, Mano Menezes, foi apresentado na tarde desta segunda-feira à Seleção Brasileira, no Rio de Janeiro. De quebra, o novo técnico do Brasil já fez sua primeira convocação, para o amistoso do dia 10 de agosto, contra os EUA em Nova Jersey. O treinador, que esteve no comando do Alvinegro Paulista por mais de três anos, chega para fazer a tão sonhada reformulação de uma equipe que na Copa do Mundo de 2010 decepcionou demais a torcida brasileira. Após a recusa de Muricy Ramalho (a diretoria do Fluminense não o liberou), Mano foi o nome preferido pelo presidente e “dono” da CBF, Ricardo Teixeira.

Dos convocados (ao todo 24), metade joga no exterior e outros 12 jogam no Brasil. Destes “brasileiros”, um deles será cortados no dia 5 de agosto. Porém, o que estiver fora da Seleção deverá ter motivos pessoais para comemorar. Isto pois a dupla Hernanes (São Paulo) e Sandro (Internacional) irá se enfrentar pelas semifinais da Copa Libertadores. Quem passar para a final ficará de fora do grupo que viaja aos EUA. Aquele que perder terá este azedo prêmio de consolação.
Vale destacar ainda as novidades pouco esperadas nesta primeira covocação de Mano Menezes. Do exterior, nomes como o do zagueiro David Luiz, do Benfica, e o do meio-campista Éderson (Lyon) foram surpresas, e das grandes. Daqueles que atuam no Brasil, dois dos três goleiros – Jefferson (Botafog0) e Renan (Avaí) – são boas surpresas, assim como o zagueiro Réver, recém contratado pelo Atlético-MG, o volante Jucilei, também já treinado por Mano e o artilheiro do Santos, André, que foi ovacionado pelos colegas no CT Rei Pelé, na Baixada Santista. Confira na lista abaixo os 24 nomes escolhidos pelo novo treinador da Seleção Verde-amarela.

GOLEIROS
Renan – Avaí
Jefferson – Botafogo
Victor – Grêmio

LATERAIS
Rafael – Manchester United (ING)
Daniel Alves – Barcelona (ESP)
André Santos – Fenerbahçe (TUR)
Marcelo – Real Madrid (ESP)

ZAGUEIROS
David Luiz – Benfica (POR)
Henrique – Racing Santander (ESP)
Réver – Atlético-MG
Thiago Silva – Milan (ITA)

VOLANTES
Sandro – Internacional
Lucas – Liverpool (ING)
Hernanes – São Paulo
Jucilei – Corinthians

MEIAS
Ramires – Benfica (POR)
Éderson – Lyon (FRA)
Carlos Eduardo – Hoffeinheim (ALE)
Paulo Henrique Ganso – Santos

ATACANTES
André – Santos
Robinho – Santos
Neymar – Santos
Diego Tardelli – Atlético-MG
Alexandre Pato – Milan (ITA)
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E Agora Rumo a 2014

O Logo


A Fifa já apresentou no evento realizado em Joahnesburngo o logotipo oficial da Copa do Mundo de 2014. Criado pela agência África, a nova marca trata-se de uma imagem com mãos entrelaçadas segurando a taça Fifa. Para o sócio da agência Márcio Santoro, o principal poder da logo são as cores e a mensagem de união entre os brasileiros com as mãos que cobrem a taça. "É uma coisa do brasileiro. Gostamos de tocar a taça e cobri-la com as mãos", afirma.


 
 
 
A Copa
 
A Copa do Mundo voltará a ser realizada na América do Sul após 36 anos, já que a Argentina sediou o evento em 1978, coerente com a política da FIFA de um rodízio no direito de sediar uma Copa do Mundo entre as diferentes confederações continentais.

O Brasil é o primeiro país classificado para disputar a Copa do Mundo de 2014, já que o país que sedia o mundial tem sua classificação automática.

Candidatura

No dia 3 de junho de 2003, a Confederação Sul-americana de Futebol (CONMEBOL) havia anunciado que Argentina, Brasil e Colômbia se candidataram à sede do evento. Em 17 de março de 2006, as confederações da CONMEBOL votaram de forma unânime pela adoção do Brasil como seu único candidato.

O presidente da FIFA, Joseph Blatter, disse em 4 de julho de 2006 que, nesse caso, a Copa do Mundo de 2014 provavelmente seria sediada no país. No dia 28 de setembro do mesmo ano, ele se encontrou com o Presidente Lula e disse que queria que o país provasse sua capacidade antes de tomar uma decisão. O dia 7 de fevereiro de 2007 seria a data final para as inscrições, porém a FIFA antecipou o prazo, tendo este acabado em 18 de dezembro de 2006. No último dia para as inscrições, a Colômbia também se candidatou a sediar a Copa de 2014; mas Joseph Blatter não apoiou a candidatura do país, e assim a Colômbia acabou por desistir de sediar o evento.
No dia 30 de outubro de 2007 a FIFA ratificou o Brasil como país-sede da Copa do Mundo de 2014. A escolha das cidades-sede ficou para o fim de 2008, mas acabou acontecendo em 31 de maio de 2009, nas Bahamas.
Em 2010, porém, na revista VEJA, afirmava que o Brasil não seria capaz de abrigar a Copa de 2014, porque até lá não havia começado quase nenhuma obra. A FIFA afirmava que, se o Brasil não começasse a realizar as obras nos estádios, a Copa de 2014 seria realizada na Inglaterra, que já estaria preparada pois abrigará as olimpíadas de 2012. A mesma ameaça foi feita a África do Sul, sede da Copa do Mundo FIFA de 2010, que a copa seria realizada na Alemanha, sede da Copa de 2006. E funcionou.

Paises Classificados

América do Sul (CONMEBOL)

Brasil + 4 vagas + 1 vaga do país anfitrião + 1 vaga na repescagem disputada com o quarto colocado da CONCACAF

África (CAF)
5 vagas para a Copa do Mundo de 2014..

Ásia (AFC)
4 vagas para a Copa do Mundo de 2014 + 1 vaga disputada na repescagem com o campeão da Oceania.

 América Central, do Norte e Caribe (CONCACAF)
3 vagas para a Copa do Mundo de 2014 + 1 vaga disputada na repescagem com o quinto colocado da América do Sul.

Europa (UEFA)
13 vagas para a Copa do Mundo de 2014.

Oceania (OFC)
1 vaga na repescagem contra o quinto colocado da Ásia.

Sedes

Dezoito cidades candidataram-se para sediar as partidas da Copa, porém Maceió desistiu, restando dezessete cidades, todas capitais de estados. A FIFA limita o número de cidades-sedes entre oito e dez, entretanto, dada a dimensão continental do país sede, a organização cedeu aos pedidos da CBF e concedeu permissão para que se utilizem 12 sedes no mundial.

Após sucessivos adiamentos, finalmente no dia 31 de maio de 2009 foram anunciadas as sedes oficiais da Copa. A lista eliminou as candidaturas de Belém, Campo Grande, Florianópolis, Goiânia e Rio Branco. Dentre as 12 cidades escolhidas, 4 a 6 delas deverão receber também a Copa das Confederações 2013, "evento teste" para a Copa. Umas das sedes, o Recife, organizará os jogos em outra cidade da Região Metropolitana, São Lourenço da Mata. Originalmente, o Estádio do Morumbi em São Paulo estava no projeto, mas por incompatibilidade financeira do projeto, a FIFA retirou o estádio como uma das sedes. O comitê organizador da copa em São Paulo estuda a construção de um novo estádio em Pirituba, zona oeste de São Paulo, para que a cidade continue sendo uma das sedes da copa de 2014 ou colocar alguns jogos no Estádio Palestra Itália do Palmeiras que está passando por reformas para que seja feito a Arena Palestra Itália. O Estádio Arena da Baixada em Curitiba também corre algum risco de ficar fora da Copa.

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Espanha bate Holanda, vence Copa inédita e fica no topo até 2014

Com vitória por 1 a 0 na prorrogação da final mais violenta da história, espanhóis ingressam na elite do futebol mundial.

A Espanha trocou de clube. Não foi por meio do desempenho que todos esperavam, mas a vitória por 1 a 0 contra a Holanda na prorrogação, neste domingo, no Soccer City, valeu a conquista de sua primeira Copa do Mundo, que, entre outros benefícios, permite à seleção deixar para trás o rótulo de time "amarelão", que fracassa em momentos decisivos. Enfim responde pelo apelido de "Fúria" que carrega desde o início do século passado sem correr o risco de ser ironizada por atletas, jornalistas e torcedores rivais.

Celebrada pelo seu jogo altamente técnico, a Espanha venceu a final mais violenta da história. Foram distribuídos 13 cartões amarelos e um vermelho pelo árbitro inglês Howard Webb, criticado já no intervalo pela imprensa internacional pela sua complacência com o jogo duro, principalmente dos holandeses.
Agora, a seleção espanhola vai à próxima Copa, em 2014, disputada no Brasil, em situação ímpar. Chegará ao "país do futebol" com grandes chances de bicampeonato, já que a média de idade da atual base - 26 anos - permite mais um Mundial. Além disso, essa equipe confirma uma supremacia rara na história do futebol.
A Espanha é a segunda seleção, ao lado da Alemanha campeã mundial em 1974, a confirmar na Copa sua supremacia continental. Nenhum outro europeu fez o mesmo, enquanto Uruguai, Argentina e Brasil, os campeões sul-americanos da Copa, nunca venceram o Mundial seguinte às suas conquistas na América.

Iniesta chuta para marcar o gol da vitória

E seja qual fosse o resultado em Joanesburgo, a Copa da África já teria mudado a geopolítica dos campeões mundiais. Além do ineditismo do primeiro Mundial em solo africano, o torneio de 2010 premia também um campeão inédito. Agora, são oito as nações que ostentam o título de campeão mundial de futebol: Brasil, Itália, Alemanha, Argentina, Uruguai, Inglaterra, França e, por fim, Espanha.
A Espanha era também o único dos grandes centros do futebol que até hoje sequer havia ficado no pódio da Copa do Mundo. Sua melhor colocação havia sido o quarto lugar em 1950, no Brasil. Inglaterra, Itália, França, Portugal e Alemanha, países que junto dos espanhois possuem as principais ligas do mundo, já haviam conquistado títulos, vice-campeonato e ao menos um terceiro lugar em Copas. A Espanha, não. Aos holandeses, resta o gosto amargo de sua terceira final de Copa perdida.
Mas, se tratando de futebol, frustrante foi pouco para a decisão. No lugar de dribles dos holandeses ou rápidas trocas de passes dos espanhois, o que um insatisfeito Soccer City assistiu foi um jogo faltoso ao extremo. Após breve pressão espanhola nos minutos iniciais, principalmente com Sérgio Ramos, o jogo descambou para uma sucessão de cartões amarelo aplicados por Howard Webb.
Uma sucessão de faltas duras - Van Persie em Capdevilla, Puyol em Robben, Van Bommel em Iniesta e Sérgio Ramos em Kuyt - provocou uma avalanche de cartões amarelos para os jogadores faltosos, e protestos do banco de reservas, principalmente o espanhol, pedindo mais rigor do árbitro inglês. O lance do sexto cartão amarelo escancarou a violência da final. Num autêntico golpe de kung fu, De Jong colocou Xabi Alonso no chão por vários minutos. Webb puniu o holandês apenas com mais um cartão amarelo.

Iniesta marca e homenageia Dani Jarque, ex-zagueiro do Espanyol morto de ataque cardíaco em 2009

Os criativos da decisão não conseguiam brilhar. Após o sufoco que levou no início, a Holanda acertou seu posicionamento defensivo e neutralizou o trio Iniesta, Xavi e Pedro, que tinham a missão de municiar o artilheiro David Villa. Do lado holandês, o ponta Kuyt se preocupava mais em ajudar Van Bronckhorst a conter as subidas de Sérgio Ramos, enquanto a dupla Sneijder e Robben era neutralizada pela lado direito da defesa espanhola.
O início do segundo tempo seguiu, literalmente, na mesma pegada. Os holandeses tentavam algo com Robben e seguravam atrás como podiam. O resultado disso foi mais um cartão amarelo, desta vez para Van Bronckhorst. Minutos depois, foi a vez de Heitinga receber o cartão dele por entrada dura em David Villa. Até o fim do tempo normal, Heitinga e Capdevilla também seriam punidos por jogo violento.
Apesar do melhor jogo espanhol, a principal chance de gol foi perdida por Robben aos 18 minutos. Sneijder ganhou dividida e lançou o atacante. Pique não conseguiu cortar e sobrou para Casillas, mesmo deslocado, defender com o pé a conclusão do holandês. David Villa deu o troco em gol perdido aos 24 minutos, quando não aproveitou falha de Heitinga em cruzamento da direita e, mesmo sozinho, teve seu chute desviado por Stekelenburg.

Iniesta beija a taça da Copa; jogador ficou sumido durante o jogo, mas virou herói no final

O rigor na marcação não era mais o mesmo, e a Espanha voltou a pressionar pelo lado direito do seu ataque. Em escanteio ocasionado numa dessas jogadas, Sérgio Ramos subiu livre para o cabeceio, mas mandou sobre o travessão holandês.
Aos 38 minutos, a última grande chance. Novamente com Robben, que ganhou na velocidade de Puyol e invadiu a área. Casillas saiu nos pés do holandês e faz nova boa defesa. Robben reclamou falta no lance e, pela intensidade do protesto, ganhou cartão amarelo. O jogo terminou 0 a 0 e foi para a prorrogação, a segunda final seguida que terminou empatada no tempo regulamentar e a terceira desde 1994.
O jogo continuou tenso no pós-jogo, mas a Espanha tentava mais o gol do que a Holanda, que parecia satisfeita em levar a decisão para os pênaltis. No intervalo, Vicente Del Bosque sacou o artilheiro Villa e colocou Fernando Torres, decepção até aquele momento na Copa do Mundo.
No comecinho da segunda etapa Heiting fez falta em Iniesta, na entrada da área, e recebeu o cartão vermelho. Mesmo com um homem a mais, a Espanha esbarrava na marcação, até os dez minutos do segundo tempo, quando Iniesta recebeu ótimo passe de Fábregas dentro da área e chutou forte, cruzado. O gol do título histórico. O gol que coloca a Espanha no degrau mais alto do futebol mundial.
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É Hoje a Grande Final no Soccer City ... Holanda x Espanha

Primeira Copa na África terá campeão inédito, automaticamente responsável pelo primeiro título europeu em outro continente.

A sucessão de ineditismos na primeira Copa do Mundo na África terá seu ponto alto neste domingo, quando às 15h30 (horário de Brasília) Holanda e Espanha entram no campo do estádio Soccer City, em Joanesburgo, em busca do primeiro título mundial de suas respectivas histórias.

Um campeão inédito coroa as várias novidades que o mundo assistiu no Mundial africano, por si só uma novidade sem precedentes. A disputa deste ano também marcará a primeira vez que a Europa vence uma Copa jogada em outro continente – até hoje, apenas o Brasil atingira a façanha, ao ganhar na Suécia, em 1958, e na Coreia do Sul e no Japão, em 2002.
Se a Holanda disputa sua terceira final – foi vice em 1974 e 1978 -, a Espanha, tradicional centro futebolístico, disputa pela primeira vez o título da competição. “Quero pensar que essa Espanha é capaz de fazer essa mudança. A Espanha merece”, afirmou o meia Xavi, cérebro do meio campo da equipe campeã europeia em 2008.
A mudança sonhada por Xavi serve para ambos os finalistas, que vivem sob o rótulo de “amarelões” após várias derrapadas em momentos decisivos em Copas. Depois da geração do “Carrossel Holandês”, a Holanda foi ao Mundial como favorita em 1990 e 1998, mas não chegou à decisão. Já as frustrações espanholas incluem até eliminações na primeira fase, como aconteceu em 1998, no Mundial da França.
A incômoda semelhança será quebrada pela equipe que sair vencedora de campo neste domingo. E se uma nova força pode se consolidar, outra marca inédita é justamente a ausência das indiscutíveis potências Brasil, Itália, Alemanha e Argentina na final. Nunca uma decisão de Copa deixou de ter pelo menos uma dessas quatro seleções. Mas em 2010, apenas uma delas, a Alemanha, chegou às semifinais, quando acabou derrotada pela Espanha. Abaixo, relembre as trajetórias de Holanda e Espanha na África do Sul.

Meio de campo deve decidir

Holanda e Espanha têm times que, na média de altura, até parecem dentro do atual modelo de força física considerado ideal para times de futebol vencedores. Mas, na prática, quem vem decidindo para as duas seleções são três meias baixinhos. Sneijder, pelo lado holandês e Xavi e Iniesta pelo lado espanhol.
Xavi, que ao lado dos outros dois concorre ao prêmio de melhor jogador da Copa, acredita que a partida será decidida no justamente em sua área de atuação. “Há jogadores importantes no meio, mas também na defesa e no ataque. Creio que quem tiver mais posse de bola levará melhor a partida”, afirmou o atleta do Barcelona.
O atacante holandês Robin van Persie até indica uma pequena vantagem dos espanhóis, mas afirma que seu time não entrará em campo se vendo como inferior. “A Espanha talvez tenha uma ligeira vantagem por ter vencido a Eurocopa. Eles têm um time simplesmente muito bom, com grandes jogadores. Mas isso nós também temos, então não vamos entrar achando que somos menos que eles. Qualquer favoritismo só pode existir para o mundo exterior”, disse o jogador.
O goleiro espanhol Iker Casillas seguiu discurso na mesma linha, negando que sua seleção entre como favorita, até pela campanha que começou de forma irregular na Copa. “O início não foi o esperado, mas no final a equipe chegou até aqui, na véspera da final. Futebol hoje está muito igual, penso que qualquer seleção poderia se classificar e foram pequenos detalhes que nos colocaram na final”.

FICHA TÉCNICA

HOLANDA X ESPANHA

Data: 11 de julho de 2010 (domingo)
Horário: 15h30 (de Brasília)
Local: estádio Soccer City, em Joanesburgo
Árbitro: Howatd Webb (Inglaterra)
Assistentes: Darren Cann e Michael Mullarkey (ambos da Inglaterra)

HOLANDA (4-3-3): Stekelenburg, van der Wiel, Heitinga, Mathijsen e van Bronckhorst; van Bommel, de Jong e Sneijder; Robben, van Persie e Kuyt.
Técnico: Bert van Marwijk

ESPANHA (4-4-2): Casillas, Sergio Ramos, Piqué, Puyol e Capdevilla; Busquets, Xabi Alonso, Xavi e Iniesta; Pedro (Fernando Torres) e David Villa.
Técnico: Vicente Del Bosque



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Alemanha bate Uruguai e repete prêmio de consolação de 2006

Equipe europeia venceu por 3 a 2, neste sábado, em Porto Elizabeth, e terminou a Copa do Mundo em terceiro lugar.


A Alemanha queria o título mundial e jogou um futebol suficiente para fazer sua torcida acreditar. Mas, assim como em 2006, terá que se satisfazer com o terceiro lugar. A seleção europeia conquistou o prêmio de consolação neste sábado, ao vencer o Uruguai por 3 a 2 em Porto Elizabeth. Repetiu, assim, a posição conquistada em casa, ao vencer Portugal por 3 a 1 há quatro anos. O Uruguai, assim como em 1954 e 1970, falhou na tentativa de alcançar o terceiro posto, mas festeja a inesperada boa campanha na África do Sul.

Já que os titulares, desanimados com a derrota para a Espanha na semifinal, não tinham motivos para se desdobrar, a Alemanha entrou em campo com alguns reservas. Assim, Neuer, Lahm, Podolski e Klose ficaram no banco. A mudança garantiu a dedicação necessária para a Alemanha fazer um bom jogo, embora tenha desanimado em alguns momentos. A equipe européia, que alternou bons e maus momentos no jogo, venceu porque é tecnicamente superior ao esforçado time do Uruguai. E Klose, que sequer entrou em campo, não conseguiu alcançar os 15 gols de Ronaldo em Copas do Mundo. Marcou 14, quatro deles em 2010.
O começo de jogo alemão até foi promissor, e a seleção controlou totalmente o jogo no início. Chegou a acertar o travessão de Muslera numa cabeçada de Friedrich antes de marcar o primeiro gol. O placar foi aberto aos 19 minutos, após chute de longa distância de Schweinsteiger. Muslera não segurou, Müller pegou o rebote e colocou para dentro

O Uruguai, até então submisso à Alemanha, despertou após o gol. Investiu nos contra-ataques, a mortífera arma alemã que funcionou tão bem nesta Copa. Usando a velocidade, a equipe sul-americana chegou ao empate aos 28 minutos. Schweinsteiger falhou no meio-campo e Pérez roubou a bola. Suárez recebeu e enfiou para Cavani, que bateu cruzado na saída de Butt.
A Alemanha não se abalou com o empate e continuou em busca do segundo gol. Melhor para o Uruguai, que teve espaço para contra-golpear e por muito pouco não desempatou no finalzinho do primeiro tempo. Após ótimo passe de Forlán, Suárez invadiu a área pela direita, na cara de Butt, mas bateu para fora.
Na segunda etapa, a animada Alemanha do início de jogo deu lugar a um time apagado, sem inspiração, justamente como se imaginava que a equipe jogaria. Embora inferiorizado tecnicamente, o Uruguai soube aproveitar a apatia adversária e marcou o segundo gol aos 6 minutos. Arévalo Rios cruzou da direita e Forlán acertou um lindo voleio.
Melhor em campo, a equipe sul-americana só não contava com mais uma falha de Muslera, que havia sido o herói na decisão por pênaltis diante de Gana. Boateng cruzou, o goleiro saiu muito mal e Jansen apareceu livre para marcar, de cabeça. Nada satisfeito com o terceiro lugar, prêmio de consolação para um time que acreditava no título, o alemão sequer comemorou o gol.
A Alemanha acordou após o gol e resolveu dar um último gás para evitar uma despedida com derrota. Deu certo. Após escanteio e bate-rebate na área uruguaia, Khedira pegou a sobra e cabeceou para definir a vitória alemã. No lance final, Forlán ainda acertou o travessão.
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Contra o Uruguai, Alemanha busca prêmio de consolação

Jogo contra os sul-americanos vale a terceira colocação e serve de motivação para Klose alcançar o recorde de Ronaldo.


A Alemanha chegou a ser apontada como uma das favoritas ao título após o bom futebol apresentado nas goleadas aplicadas sobre Inglaterra e Argentina, mas sucumbiu na semifinal diante da Espanha, enterrando o sonho do tetracampeonato na África do Sul.

Neste sábado, porém, a equipe germânica tem a chance de igualar a campanha de 2006, em casa, quando ficou em terceiro lugar. O jogo contra o Uruguai será às 15h30, no estádio Nelson Mandela Bay, em Porto Elizabeth.
O grau de interesse desta partida é bem diferente para as duas equipes. Se a vitória é uma espécie de prêmio de consolação para a Alemanha, o Uruguai alcançará seu melhor resultado desde a conquista do título de 1950, no Brasil. Além disso, os uruguaios jamais sentiram o gostinho de derrotar os alemães com sua seleção principal - foram oito jogos, com seis vitórias dos europeus e dois empates.
O ânimo para a disputa pode ser avaliado no discurso dos jogadores. "Para nós realmente é muito complicado encontrar ânimo para a disputa deste terceiro lugar. Depois que acabou o jogo contra a Espanha, então, ele era quase nenhum. Passado alguns dias nós colocamos a cabeça no lugar e agora vamos tentar fazer a nossa parte dentro de campo. Afinal de contas, estamos representando a camisa da seleção alemã, que deve ser sempre honrada", afirmou o alemão Bastian Schweinsteiger.
No Uruguai, a vontade de ganhar neste sábado é contagiante. "Nós estamos motivados sim, pois sabemos que fizemos uma grande campanha, independentemente do que acontecer nesta disputa de terceiro lugar. Mas a nossa meta é transformar a nossa última lembrança da África do Sul em uma vitória histórica sobre a Alemanha. Acreditamos que temos potencial para isso e vamos encarar essa partida como uma verdadeira decisão", afirmou o zagueiro Diego Godín.
Na Alemanha, talvez a única motivação seja pelo recorde que Miroslav Klose pode bater. O atacante já fez 14 gols em Copas do Mundo e está a apenas um de se igualar ao brasileiro Ronaldo, maior goleador de Mundiais com 15. O alemão, porém, deixou o jogo contra a Espanha com dores nas costas e pode ficar de fora. Além de Klose, o lateral Philipp Lahm e o atacante Lukas Podolski receberam um descanso por estarem gripados, mas devem jogar.
O técnico Joachim Löw chegou a cogitar a hipótese de escalar atletas que não tiveram a oportunidade de jogar. Mas deve declinar da ideia por conta da pressão de dirigentes alemães. O meia Thomas Müller, que cumpriu suspensão na semifinal e entrou na eleição de melhor jovem da Copa, volta ao time.
Pelo lado uruguaio, o lateral-esquerdo Jorge Fucile e o atacante Luis Suárez, que cumpriram suspensão contra a Holanda, voltam nas vagas de Martín Cáceres e Álvaro Pereira, respectivamente. Neste caso, Diego Forlán será recuado para o meio-de-campo. Outra boa notícia é o retorno do zagueiro Diego Lugano, recuperado de dores na perna direita e que vai ocupar o posto de Mauricio Victorino.
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Fifa confirma árbitro inglês para final entre Holanda e Espanha


A Fifa confirmou o árbitro inglês Howard Webb para a final da Copa do Mundo a ser disputada entre Holanda e Espanha no próximo domingo, no Soccer City Stadium, em Johannesburgo.
Webb estará ao lado dos auxiliares Darren Cann e Michael Mullarkey, também ingleses. O quinteto da decisão será completado pelos japoneses Yuichi Nishimura, quarto árbitro, e por Toru Sagara, auxiliar reserva.
O inglês, 38 anos, já apitou uma partida da Espanha no Mundial e a lembrança não é positiva para o país. Em 16 de junho, os espanhóis perderam por 1 a 0 para a Suíça e saíram reclamando de um impedimento milimétrico que teria marcado o gol do meia Gelson Fernandes.
Weeb ainda dirigiu outros dois duelos da competição sul-africana. Em 24 de junho, viu a Eslováquia vencer a Itália por 3 a 2 e ajudar a eliminar os campeões do planeta em 2006 ainda na primeira fase em 2010. Nas oitavas de final, no último dia 28, o juiz também teve um desempenho considerado bom no êxito do Brasil por 3 a 0 sobre o Chile.
Além de Howard Webb, a Fifa também definiu o mexicano Benito Archundia para a decisão de terceiro lugar entre Uruguai e Alemanha, no sábado, no Nelson Mandela Bay, em Port Elizabeth.
Juntamente com Archundia estarão o canadense Hector Vergara e o mexicano Marvin Torrentera. O quarto árbitro e o auxiliar reserva também vêm do México: Marco Rodríguez e Jose Luis Camargo, respectivamente.

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Espanha derruba sensação Alemanha na semi e dá à Copa campeão inédito domingo

A Copa viu nesta quarta-feira algo que parecia improvável no fim da primeira rodada da fase de grupos. Depois de largar na África do Sul com uma derrota surpreendente para a Suíça, a Espanha acumulou forças durante o Mundial e comprovou sua antes decantada capacidade de favorita ao derrotar a então sensação Alemanha por 1 a 0 no estádio Moses Mabhida, em Durban. Puyol fez de cabeça e virou o herói da vitória da Fúria.

Com a classificação espanhola à final, a Copa conhecerá no próximo domingo um campeão inédito, que se juntará à lista de sete países que já venceram o torneio da Fifa desde sua primeira edição em 1930.
Apesar de bons instantes em Mundiais, os finalistas espanhóis e holandeses jamais abraçaram a maior glória do futebol internacional.
Pelo título, a Espanha apostará no apogeu da melhor geração de jogadores da sua história, que já levará ao duelo contra a Holanda dois feitos históricos dos últimos anos: a conquista da Eurocopa de 2008 e a classificação inédita a uma final de Mundial.
Fica assim pelo caminho a Alemanha e suas três goleadas por quatro gols na Copa. Nesta quarta, os goleadores de Joachim Low não lembraram as atuações nos massacres prévios contra Austrália, Inglaterra e Argentina.
Em campo na semifinal de Durban, a Espanha colocou a bola no chão e dominou a divisão da posse. Esteve mais no ataque, girou pelos dois lados na missão quase impossível de furar a barreira defensiva alemã.
O goleador David Villa lutou, mas era dificilmente acionado. Assim, a alternativa foi a insistência nos chutes de fora com Xabi Alonso, mas sem sucesso.
Atrás, poucas vezes teve a meta de Iker Casillas ameaçada. Mas quando a bola chegou, a estrela do Real Madrid mostrou a segurança de que dificilmente algo iria acontecer, justamente como na vitória espanhola sobre a Alemanha na final da Euro de dois anos atrás.
A histórica classificação da Fúria para a final veio no segundo tempo, como poucos imaginavam, pelo alto e não pelo chão como a Fúria gosta de conquistar terreno.
Em jogada digna dos espetáculos recentes do Camp Nou, a dupla do Barcelona Xavi e Puyol apareceu em escanteio para vencer a gigante linha de defensores da Alemanha.
Assim, a Espanha de Vicente del Bosque levará a campo contra a Holanda no próximo domingo toda um retrospecto de grandes times, ídolos e frustrações em Mundiais passados, no jogo mais importante da Fúria em Mundiais desde 1930.
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Villa e Klose buscam hoje recordes e a vaga na final da Copa


David Villa e Miroslav Klose querem mais que a vaga na final da Copa do Mundo na partida entre Espanha e Alemanha, às 15h30 (de Brasília) desta quarta-feira, em Durban. Individualmente, ambos podem alcançar recordes pessoais de grande expressão. Para isso, Villa conta com a eficiência demonstrada com a camisa da Fúria, enquanto Klose aposta na regularidade que já o alçou a lugar de destaque na história do Mundial.

O objetivo do alemão (polonês de nascimento) é igualar Ronaldo como maior artilheiro das Copas. Ele tem 14 gols, um a menos que o brasileiro. Fez cinco gols em 2002, mais cinco em 2006 e já deixou sua marca quatro vezes na África do Sul. Esbanjou regularidade para ser o principal goleador da última Copa e o vice da edição disputada na Coreia do Sul e no Japão.
“Quero fazer cinco gols nesta Copa do Mundo. Se conseguir seis, ficarei muito feliz. Espero que Ronaldo não tenha medo de mim. Nos falamos depois da final do Mundial de 2002 e não imaginava que iria chegar perto desta situação”, destacou Klose, autor de dois gols no último domingo, na goleada por 4 a 0 sobre a Argentina pelas quartas de final.
Do outro lado, Villa ainda não tem tanta história na Copa, mas luta para isso. Com cinco gols marcados na atual edição (fez três em 2006), ele é o principal artilheiro, empatado com o holandês Sneijder. Mais um gol o fortalece nesse briga e já lhe garante um recorde nacional.
O atacante do Valencia tem 43 gols e está a um de se igualar a Raúl como o principal goleador da seleção espanhola. Ele chegou a essa marca em 58 jogos, atingido boa média de 0,74 por partida. Para efeito de comparação, Raúl precisou de 102 partidas para fazer os 44 gols (média de 0,43).
“Villa é um jogador excepcional. Ele é tecnicamente muito forte e ágil. Villa é muito difícil de parar quando está só com um zagueiro na sua frente. Nós temos que fazer a mesma coisa que fizemos com o Messi”, recomendou Klose, de 32 anos. O espanhol tem 28.
Villa chegou à Copa em melhor fase que o alemão. Fez 34 gols em 53 jogos na última temporada e foi titular absoluto do Valencia (ficou apenas uma partida no banco durante o Espanhol). Klose, por sua vez, totalizou 44 jogos na última temporada pelo Bayern, saindo do banco em 23.
“O Klose teve problemas no Bayern nos últimos anos, mas sempre rende pela seleção. Ele sabia que precisava treinar duro para se preparar e que estava sem ritmo, mas nunca foi necessário dizer isso ao Klose. Não é nenhuma surpresa que ele esteja fazendo gols”, elogiou o técnico da Alemanha, Joachim Low.
Ex-companheiros de Real Madrid, Ronaldo e Raúl têm motivos de sobra para acompanhar a semifinal entre alemães e espanhóis nesta quarta-feira e torcer pela manutenção de seus recordes. Já Villa e Klose farão de tudo para frustrar os dois "secadores".
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Revanche e ineditismo movem a semifinal Alemanha e Espanha

De um lado, o time sensação da Copa do Mundo, que luta para confirmar a tradição no torneio e chegar à sua oitava final. Do outro, uma equipe em busca de sua primeira decisão após uma série de fracassos históricos no Mundial. É assim que Alemanha e Espanha medem forças nesta quarta-feira, reeditando a final da Eurocopa de dois anos atrás, quando a seleção ibérica levou a melhor por 1 a 0 e sagrou-se campeã continental.
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Carrascos do Brasil decidem contra Uruguai e Holanda é 1ª finalista

Com um futebol que envolveu a forte defesa do Uruguai no segundo tempo, a Holanda venceu o rival sul-americano por 3 a 2 nesta terça-feira, no Estádio Green Point, na Cidade do Cabo, e voltou a uma decisão de Copa do Mundo após 32 anos. "Carrascos" da Seleção Brasileira nas quartas, Sneijder (autor dos gols que eliminaram o Brasil) e Robben (envolvido no lance da expulsão de Felipe Melo) decidiram o jogo com um gol cada.

Diante de uma multidão laranja nas arquibancadas, a equipe comandada por Bert van Marwijk teve paciência para trabalhar a bola diante dos poucos espaços oferecidos pelo adversário. Antes dos gols de Sneijder e Robben, o capitão Van Bronckhorst havia aberto o placar em uma bomba de fora da área.
Forlán, autor do gol de empate uruguaio, sentiu a ausência do suspenso companheiro Suárez e, sozinho, não conseguiu reverter a situação. O outro tento do time celeste foi de Maxi Pereira, já no fim da partida.
Vice-campeã em 74 e 78, a Holanda tentará o título inédito contra o vencedor do confronto entre Alemanha e Espanha, que acontece nesta quarta-feira, em Durban. O Uruguai encara o perdedor na disputa do 3º lugar.
As duas equipes tiveram desfalques e foram obrigadas a mudar a escalação. Além de Suárez, os uruguaios não contaram com o lateral Fucile, suspenso, e com o zagueiro Lugano e o meia Lodeiro, lesionados; do outro lado, o lateral Van der Wiel e o volante De Jong ficaram de fora. O técnico holandês Bert van Marwijk fez trocas simples e manteve o esquema de jogo, enquanto Oscar Tabárez preferiu um time mais defensivo, com três homens de marcação no meio.
A primeira chegada de perigo foi holandesa, aos 3min. Após cruzamento da direita, o goleiro uruguaio Muslera saiu de soco e a bola sobrou para Kuyt na área, mas o atacante chutou por cima da meta. O time europeu teve mais posse de bola nos primeiros minutos, enquanto o Uruguai marcava no campo de defesa e tentava sair em velocidade no contra-ataque.
O padrão de jogo foi o mesmo até os 17min, quando o capitão Van Bronckhorst abriu o placar com um golaço de fora da área. O lateral esquerdo recebeu na intermediária e soltou uma bomba no ângulo de Muslera, sem chances de defesa.
O Uruguai tentou sair mais para o jogo depois de levar o gol, mas esbarrava na falta de qualidade dos meio-campistas e não conseguia fazer a bola chegar a Forlán e Cavani na frente. A partida seguiu morna até os 27min, quando Cáceres tentou dar uma bicicleta no ataque e acertou em cheio o pé no rosto de De Zeeuw. O volante holandês ficou inerte no chão por alguns instantes, mas logo voltou.
Sem inspiração, os uruguaios tentavam chegar na base da vontade. Aos 35min, Álvaro Pereira arriscou de fora da área, mas pegou fraco e facilitou a defesa de Stekelenburg. Dois minutos depois, Forlán recebeu cruzamento da esquerda e cabeceou para fora. A Holanda respondeu aos 39min em chute de Kuyt pela esquerda, mas Muslera segurou firme.
O gol de empate veio na jogada seguinte, sempre com Forlán. O camisa 10 dominou na intermediária, fez o corte para o pé esquerdo e arriscou de longe; a bola pegou uma curva e enganou Stekelenburg, que falhou no lance. Aos 43min, Forlán voltou a assustar em cobrança de falta, mas desta vez o goleiro holandês estava atento.
A Holanda voltou do intervalo com Van der Vaart no lugar de De Zeeuw, deixando o meio de campo mais ofensivo. Porém, foi o Uruguai quem chegou mais perto de marcar no começo. Aos 5min, Cavani dividiu com o goleiro Stekelenburg fora da área e tocou para Álvaro Pereira, que tentou por cobertura; porém, Van Bronckhorst salvou o gol na pequena área.
O jogo seguiu travado, com poucas jogadas trabalhadas ou lances claros de gol até os 20min. Forlán voltou a ameaçar na bola parada, soltando a bomba em cobrança de falta, mas Stekelenburg defendeu bem. No lance seguinte, Van Persie encontrou Van der Vaart em boa posição na área. O meia encheu o pé esquerdo, mas Muslera defendeu, e Robben concluiu para fora no rebote.
A Holanda voltou a ficar na frente aos 25min. Sneijder chutou da entrada da área, a bola desviou na zaga e foi morrer no cantinho do goleiro Muslera. Os uruguaios reclamaram de um impedimento de Van Persie, que não desviou a trajetória da bola, mas fez o movimento em direção à bola - o que árbitro Ravshan Irmatov não interpretou como participação direta no lance.
Três minutos depois, Kuyt cruzou da esquerda e Robben subiu no meio da área uruguaia para desviar de cabeça e fazer 3 a 1. O Uruguai ainda buscou forças para diminuir nos acréscimos com Maxi Pereira, que bateu colocado de pé esquerdo após cobrança curta de falta, mas não foi o suficiente para chegar ao empate.
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Com metade da população de SP, Uruguai e Holanda fazem semi dos 'nanicos'


Enquanto países de grande população, como Estados Unidos, Brasil, Japão e México, ficaram pelo meio do caminho na Copa do Mundo, dois ‘nanicos’ estão nas semifinais. Juntos, Holanda e Uruguai têm menos da metade do número de habitantes do estado de São Paulo.

Com uma área de 41.526 km², a Holanda acomoda aproximadamente 16,5 milhões de pessoas e é uma potência no futebol, apesar de nunca ter vencido o Mundial. A seleção laranja desembarcou na África do Sul como uma das favoritas ao título, despachou o Brasil nas quartas e, com uma campanha 100% (cinco vitórias), almeja voltar a uma final após 32 anos.
Já o Uruguai é maior, porém menos populoso. Tem 176.215 km² de área e cerca de 3,3 milhões de habitantes. Nome forte nas primeiras edições da Copa (foi campeão em 1930 e 50), perdeu sua força nas três últimas décadas, mas surpreendeu neste ano e é o azarão na reta final.
Para se ter uma ideia das dimensões desses dois países, só o estado de São Paulo conta com 40 milhões de pessoas. Do outro lado da chave, o finalista sairá de um ‘duelo populoso’. A Alemanha tem 82 milhões de pessoas, e a Espanha, 46 milhões.
Tradicionalmente, por conta até dessa sua limitação física, os holandeses buscam jogadores nas suas ex-colônias, como é o caso do reserva Braafheid, que nasceu no Suriname. Nomes de peso da história da seleção europeia, como Seedorf e Davids, por exemplo, são surinameses naturalizados.
“A Holanda será dificílima, não perde uma partida desde setembro de 2008. É uma versão um pouco diferente do que é tradicional da Holanda, é uma equipe mais equilibrada. Será muito difícil, mas também não impossível”, declarou o uruguaio Oscar Tabárez.
“Eles [uruguaios] lutaram e sobreviveram. Como nós, eles merecem o seu lugar nas semifinais e não devem em nenhum momento serem subestimados”, declarou Van Marwijk, um dia depois de sua equipe bater o Brasil por 2 a 1.
O único confronto entre as duas seleções ocorreu no Mundial de 1974, quando a Laranja Mecânica liderada pelo ex-craque Cruyff ganhou por 2 a 0, na primeira fase.
A partida decisiva está agendada para terça-feira, às 15h30, na Cidade do Cabo.
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"Intruso" Uruguai desafia domínio europeu nas semifinais da Copa

A Copa do Mundo-2010 esteve perto de se tornar uma “mini Copa América” nas semifinais. No entanto, apenas o Uruguai representa os sul-americanos entre as quatro seleções restantes do torneio. Mais uma vez, a Europa domina esta fase do Mundial – algo que se tornou corriqueiro nas últimas edições da competição.

Na África do Sul, a Celeste Olímpica avançou ao eliminar Gana em uma partida emocionante e definida nas cobranças de pênaltis. Os demais representantes sul-americanos, porém, ficaram pelo caminho. A Argentina caiu diante da Alemanha; o Paraguai foi eliminado pela Espanha; e o Brasil se despediu do torneio ao perder para a Holanda.
Desde 1982, quando as semifinais da Copa voltaram a ser disputadas sob o sistema de mata-matas, as seleções europeias tomam conta desta etapa da competição. Em apenas uma edição a partir do Mundial da Espanha, a Europa contou com “somente” dois representantes. Nas demais oportunidades, houve três ou quatro equipes do continente entre as quatro primeiras colocadas.

A exceção ocorreu em 2002. No Mundial do Japão/Coreia do Sul, Alemanha e Turquia representaram a Europa nas semifinais. As vagas restantes foram preenchidas por um sul-americano (Brasil) e um asiático (Coreia do Sul).
Assim como 2010, a Europa teve três representantes nas semifinais de um Mundial em outras quatro oportunidades a partir de 82: 1986 (Alemanha Ocidental, França e Bélgica), 1990 (Alemanha Ocidental, Itália e Inglaterra), 1994 (Itália, Suécia e Bulgária) e 1998 (França, Croácia e Holanda).
Em dois Mundiais, os europeus preencheram 100% das vagas nas semifinais. Houve uma “mini Eurocopa” em 1982 (Itália, Alemanha Ocidental, Polônia e França) e 2006 (Itália, França, Alemanha e Portugal).
Embora o Uruguai seja o único “estranho” entre os europeus nas semifinais da Copa-2010, a Celeste Olímpica tenta manter uma curiosa escrita: nas cinco edições do Mundial nas quais houve um “intruso” nesta etapa, a seleção “diferente” chegou à decisão. Em 86 e 90, a Argentina foi à final. Já o Brasil decidiu o título em 94, 98 e 2002.
Por outro lado, outra curiosidade serve para deixar os uruguaios preocupados, caso uma “lógica” seja mantida. Desde 1982, quando houve tanto representantes da Europa como de outras partes do mundo nas semifinais de uma Copa, os campeões se alternaram. Na sequência, Argentina (86), Alemanha Ocidental (90), Brasil (94), França (98) e Brasil (2002) ficaram com a taça; ou seja, agora seria a vez de um europeu ser campeão.
Em 2006, o campeão veio da Europa (Itália), porém não havia representantes de outros continentes.
Para contrariar ou corroborar as coincidências, o Uruguai entra em campo nesta terça-feira contra a Holanda, na Cidade do Cabo, às 15h30 (horário de Brasília). Na quarta-feira, Espanha e Alemanha fazem a outra semifinal, em Durban, no mesmo horário.
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Semifinais Decididas

Após quatro jogos de pura emoção foi fechada hoje a lista dos quatro semifinalistas que disputarão uma vaga na grande final da Copa do Mundo de 2010 que sera no dia 11 de julho no estádio de Johnesburgo.

Quartas de Final
Holanda 2x1 Brasil
Uruguai 1x1 Gana (Pen 4x2)
Alemanha 4x0 Argentina
Espanha 1x0 Paraguai

Semifinais
Uruguai vs. Holanda - 6 jul. 15:30
Alemanha vs. Espanha - 7 jul. 15:30
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Em jogo dramático, Espanha vence Paraguai e pega Alemanha

Cada goleiro defendeu um pênalti, cada time teve um gol anulado e o jogo só foi decidido após três toques na trave no mesmo lance.

Num jogo bastante disputado, com enormes doses de emoção, a Espanha venceu o Paraguai por 1 a 0, neste sábado, em Joanesburgo, e garantiu a última vaga nas semifinais da Copa do Mundo. Vai enfrentar a Alemanha, que no primeiro jogo do dia atropelou a Argentina por 4 a 0. O confronto europeu acontece na próxima quarta-feira, às 15h30 (de Brasília), em Durban.

Com a vitória espanhola, a Copa América virou Eurocopa. Se nas quartas de final eram quatro seleções sul-americanas contra três europeias, nas semifinais o placar virou. O Uruguai é o único representante da América do Sul após as quedas de Brasil, Argentina e Paraguai. Já a Europa segue com seus três representantes, Espanha, Holanda e Alemanha.
Apesar do placar magro a favor da Espanha, o jogo teve emoção de sobra: gol anulado de forma duvidosa, pênalti convertido que a arbitragem mandou voltar, dois pênaltis defendidos pelos goleiros, três toques na trave no mesmo lance... Não faltou nada.
Mas o drama ficou guardado para o segundo tempo, já que a primeira etapa foi morna. Com muitos erros de passe, a Espanha chegou pouco ao gol de Villar e teve que segurar a pressão do adversário. Melhor em campo, a equipe sul-americana chegou a abrir o placar com Valdéz, só que o gol foi anulado. A arbitragem marcou impedimento de Cardozo, embora a bola tenha passado direto por ele.
A etapa final foi consideravelmente melhor. O Paraguai teve a primeira chance de abrir o placar, num pênalti de Piqué em Cardozo. O próprio atacante cobrou e Casillas pegou. No contra-ataque, Villa chegou à área adversária e foi atropelado por Alcaraz. Pênalti que Xabi Alonso converteu. O árbitro, porém, mandou voltar por invasão da área. Aí, Villar pegou a segunda cobrança e manteve o 0 a 0.
Se não bastasse a emoção de dois pênaltis desperdiçados na sequência, o gol da Espanha deu um toque ainda mais dramático ao jogo. Iniesta fez linda jogada individual e entregou para Pedro, que acertou a trave. Villa pegou o rebote e chutou colocado. A bola tocou numa trave, na outra e entrou de mansinho. Enfim, um zero saiu do placar.
Nos minutos finais, pressão do Paraguai e espaço para a Espanha contra-atacar. Resultado: mais emoção. Primeiro, Casillas pegou chute à queima-roupa de Santa Cruz e salvou a Espanha. Depois, Villar se esforçou para evitar gol de Villa em chute de dentro da área.

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Espanha tenta confirmar favoritismo contra o Paraguai nas quartas

Confronto teoricamente mais desigual desta fase na Copa 2010 opõe campeã europeia e "azarão" sul-americano, que sofreu só um gol.

No confronto em que o favoritismo para um dos times está mais presente nas quartas de final da Copa do Mundo de 2010, a Espanha encara o Paraguai neste sábado, às 15h30 (de Brasília), no Estádio Ellis Park, em Joanesburgo.

Os espanhóis são apontados como favoritos absolutos, ainda mais por conta da boa exibição nas oitavas, quando derrotaram Portugal por 1 a 0. Os paraguaios são vistos como azarões nesta etapa do torneio, penando para passar pelo Japão na terça-feira passada, quando ganharam nos pênaltis, após empate sem gols no tempo regulamentar.
Vicente del Bosque, técnico da Espanha, não concorda com os que apontam sua equipe como favorita absoluta na disputa do duelo deste sábado. Ele entende que o Paraguai é um adversário muito complicado de ser superado e que deverá exigir muito esforço por parte dos espanhóis, atuais campeões europeus, que ainda buscam seu primeiro título mundial.
"Se me pedissem para optar, dentre os outros sete times das quartas de final, qual eu escolheria para enfrentar, não sei se minha opção seria o Paraguai. Isso porque os paraguaios estão atuando no melhor estilo sul-americano, mas com consciência defensiva e isso é muito ruim para nós. Vamos precisar de muita atenção, pois não devemos acreditar que a classificação já está conquistada", afirmou.
Os jogadores espanhóis concordam com o comandante, mas não se imaginam fora das semifinais. "O respeito ao Paraguai é grande, pois ele não chegou até aqui por acaso. Mas nós também estamos construindo a nossa estrada nesta temporada e por isso mesmo não nos imaginamos fora das semifinais. Vamos tentar nos impor e conseguir a classificação", disse o goleiro Iker Casillas.
O respeito destinado pelos espanhóis aos paraguaios, como não poderia deixar de ser, é recíproco. Tanto que os jogadores revelaram que o técnico Gerardo Martino vai apostar mais uma vez em uma forte retranca para deixar o gramado com a classificação assegurada. Em caso de empate no tempo normal e na prorrogação, o classificado será conhecido nas cobranças de pênaltis.
"Nós sabemos que não podemos dar espaços para a Espanha criar dentro de campo. Se deixarmos que eles tenham campo para tocar a bola e trabalhar a melhor jogada nós vamos perder. Temos consciência de nossas limitações e da qualidade de nosso adversário", disse o volante Enrique Vera.
"Porém, entendemos que podemos nos classificar, pois também temos qualidade e méritos por termos chegado até aqui. O segredo neste momento será obediência tática e um futebol de muita velocidade com a posse de bola", complementou o jogador, esperaçoso por um bom duelo.
Os dois treinadores fazem mistério sobre a escalação que pretendem mandar a campo, mas Vicente del Bosque não acena com nenhuma substituição, devendo manter o time vitorioso contra os portugueses.
Pelo lado do Paraguai, Martino vai promover uma modificação. O meia Víctor Cáceres, que cumpriu suspensão diante dos japoneses, reaparece na vaga de Edgar Benítez, alteração que deixará a equipe sul-americana com uma postura claramente mais defensiva do que a que duelou com o Japão.
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Alemanha repete 2006, goleia Argentina e ameaça marcas brasileira

Com dois de Klose, que ameaça marca de Ronaldo, tricampeões massacram por 4 a 0 e vão à semi na África do Sul

Diego Maradona, técnico da Argentina, não vai desfilar nu pelas ruas de Buenos Aires. Isso graças a Alemanha, que venceu o time comandado pelo mito neste sábado, por 4 a 0, pelas quartas de final da Copa do Mundo da África do Sul.

Com o resultado, a Alemanha vai à semifinal e repete o feito da Copa passada, quando eliminou os argentinos também nas quartas de final, nos pênaltis, após empate por 1 a 1. Agora, os alemães pegam o vencedor de Espanha x Paraguai, que acontece a partir das 15h30.
Foi o quarto confronto em fase eliminatória das Copas entre Argentina e Alemanha. E, pela terceira vez em duelos dessa natureza, os alemães levaram a melhor. Antes do confronto de 2006, Argentina e Alemanha se enfrentaram em duas marcantes decisões de título mundial. Em 1986, no México, com o hoje técnico Maradona no auge da forma, a Argentina venceu por 3 a 2. Os alemães deram o troco na final de 1990.
A vitória alemã também marcou o placar mais dilatado em duelos entre as duas potências em Copas. Até então, vitórias de ambos os lados ocorriam apenas por um gol de diferença ou então em decisão por pênaltis.
O sucesso deste sábado também significou a supremacia alemã em jogos disputados em Mundiais. Quando entrar em campo em Durban, na quarta-feira, para disputar a vaga na decisão, os alemães completarão 98 partidas em Copas, contra 97 do já eliminado Brasil.
Além disso, o atacante Miroslave Klose segue firme com sua média para superar Ronaldo como maior artilheiro da história das Copas. Com os dois gols marcados neste sábado, ele tem 14, um a menos que o "Fenômeno", mas o suficiente para deixar para trás Pelé (12) e o francês Just Fontaine (13).
Na partida deste sábado, disputada em um estádio Green Point lotado e com maioria argentina, os alemães não demoraram a abrir o placar. Após falta cobrada por Schweinsteiger logo aos 4 minutos, o jovem Thomas Müller, um dos destaques da Alemanha neste Mundial, desviou de cabeça para marcar.
Klose ampliou aos 22 minutos do segundo tempo. Caído, Müller achou Podolski livre na esquerda. O atacante cruzou para o artilheiro que, sozinho, só empurra para o gol. Aos 28min, Schweinsteiger, eleito o melhor em campo pela Fifa, fez bela jogada individual e tocou para Friedrich completar para o gol. Klose fechou o placar aos 44 minutos.
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Argentina e Alemanha se reencontram no mata-mata da Copa

Equipes já fizerem duas finais de Mundiais e na última edição do torneio, em 2006, se enfrentaram também nas quartas de final

Uma das rivalidades que mais cresceu dentro do futebol mundial nos últimos anos vai ficar ainda mais forte neste sábado. Argentina e Alemanha se reencontram em um Mundial às 11h (de Brasília), no Estádio Green Point, na Cidade do Cabo, pelas quartas de final da Copa do Mundo da África do Sul.

Nas oitavas, a Alemanha goleou os ingleses por 4 a 1, enquanto a Argentina fez 3 a 1 nos mexicanos. Os dois jogos foram marcados por falhas da arbitragem. Quem vencer encara Espanha ou Paraguai em uma das semifinais. As duas seleções se enfrentam também no domingo, um pouco mais tarde, a partir das 15h30.
Argentina e Alemanha estão acostumadas e se cruzarem em confrontos decisivos do torneio. Na Copa de 2006, na Alemanha, os donos da casa levaram a melhor, ganhando nos pênaltis após empate por 1 a 1 no tempo regulamentar e na prorrogação
Mas esse está longe de ser o encontro mais importante entre os dois em Copas do Mundo, uma vez que protagonizaram duas finais. A Argentina, em 1986, derrotou a Alemanha por 3 a 2 na decisão, no México, em jogo eletrizante. Quatro anos mais tarde, na Itália, nova final, mas com desfecho diferente e melhor para os europeus, que ergueram a taça com um triunfo por 1 a 0.
O meio-campista Bastian Schweinsteiger, da Alemanha, remanescente do confronto de 2006, colocou fogo na rivalidade ao analisar o estilo de jogo adversário. "A Argentina não é dos times mais leais. Seus jogadores fazem muitas faltas e reclamam de simulação dos outros. Isso para mim é um grande desrespeito", disse o jogador.
A resposta argentina veio por intermédio do técnico Diego Maradona. "Os alemães estão nervosos porque dessa vez não vamos jogar no campo deles. De véspera eles podem falar o que quiserem e podem ficar lembrando de 2006 à vontade. Cada jogo tem a sua história e acredito em um outro desfecho no duelo deste sábado. Confio muito no grupo que tenho em mãos", falou o treinador.
Como todo grande clássico, o mistério dá o tom nas duas equipes quando o tema é a escalação. Os alemães deverão repetir a formação que goleou a Inglaterra por 4 a 1 nas semifinais. Podolski e Özil chegaram a ser poupados de treinamentos durante a semana, mas não devem ser problema para Joachim Löw.
Já Maradona está com uma dúvida no meio de campo. O técnico pode promover o retorno de Verón, que ficou como opção no banco de reservas na vitória de 3 a 1 sobre o México, nas oitavas de final. Com isso, Di Maria ou Maxi Rodriguez podem perder a posição. O atacante Messi teve uma gripe nos últimos dias, mas vai para o duelo.
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Mão na bola no ultímo segundo recoloca Uruguai na semifinal da Copa após 40 anos

Uma partida nunca foi tão dramática. No último segundo, Luis Suarez colocou a mão na bola, dentro da área. Foi expulso. Em qualquer outra situação, seria o vilão. Mas ele se tornou o herói da classificação do Uruguai para sua primeira semifinal de Copa do Mundo em 40 anos.

O lance aconteceu no último segundo da prorrogação. O gol de Gana era certo. O pênalti, a última alternativa. Quando Asamoah Gyan bateu, os uruguaios já choravam. Mas ele acertou a trave. O jogo foi para os pênaltis e a camisa da Celeste Olímpica pesou.
Muslera pegou os pênaltis de Mensah e Adiyiah. Maxi Pereira ainda perdeu. E coube a Loco Abreu marcar o gol da vitória. E ele provou que o apelido não é à toa. Com toda a responsabilidade de um bicampeão mundial que nos últimos anos tinha perdido o status de potência nos ombros, cobrou com categoria, por baixo. A bola entrou devagar no gol de Gana.
O resultado foi surpreendente. Quando a primeira etapa do tempo regulamentar terminou, pouca gente no Uruguai apostaria na Celeste Olímpica. Diego Lugano, seu capitão e maior referência defensiva, tinha se machucado pouco antes. E Muntari, com a ajuda da inexplicável bola jabulani, tinha feito 1 a 0 para Gana nas quartas de final da Copa do Mundo.
Mas os uruguaios não desistiram. E o nome da reação foi Diego Forlán. Ele superou o pai, o lateral Pablo Forlán, que só chegou às oitavas com a seleção. O atacante manteve vivo o Uruguai na partida. Graças a ele, o mito da Celeste Olímpica, o time que venceu a Copa do Mundo de 1930 e 1950, reviveu.
O atacante tem faro de gol fora do comum. Foi, por duas vezes, o maior artilheiro da temporada no futebol europeu. Mas, aos 31 anos, assumiu uma nova personalidade com a camisa da Celeste. Com a boa fase do jovem Luís Suarez, virou quase um meio-campista, atuando como armador de jogadas, não definidor.
A marcação ganesa, no entanto, anulou o novato. E o veterano, que tinha falhado em sua última Copa, em 2002, resolveu assumir o papel que todos imaginavam que seria dele. Logo no início do segundo tempo, ele bateu uma falta com força. Usou o “efeito jabulani”. A bola enganou o goleiro Kingson e entrou. Com o jogo empatado, a tradição uruguaia fez a diferença.
Em campo, os uruguaios personificaram o melhor estilo sul-americano. Após um primeiro tempo apático, em que foram completamente dominados por Gana - os únicos lance de perigo sul-americano nos primeiros 45 minutos aconteceram no início do jogo, até os 15min –, a partir do segundo tempo o jogo mudou. A seleção de Oscar Tabarez foi aguerrida, brigou pelos lances, não desistiu.
Manteve o 1 a 1 no placar em um lance assim. Aos 15min do 2º tempo da prorrogação, em bola lançada na área, Gana quase marcou duas vezes, até a mão de Suarez. E, nos pênaltis, garantiu a vaga na semi. O rival será a Holanda, que eliminou o Brasil. A partida está marcada para a próxima terça-feira, às 15h30, na Cidade do Sabo.
O resultado acaba com os sonhos não só de Gana, mas de todo o continente africano. Pela primeira vez organizando o Mundial, o sonho de todos os africanos passava por assistir, pela primeira vez, a um representante jogar as semifinais do torneio.
E o time montado pelo técnico sérvio Milovan Rajevac parecia montado especialmente para isso. Era experiente, tinha a maioria de seus atletas atuando na Europa e um esquema de jogo cauteloso, defensivo, mas com força no ataque. Asamoah Gyan, um tanque de 1,86m, somava três gols na competição e era um perigo para os uruguaios.
Além disso, sabia vencer. Conquistou o Mundial sub-17 duas vezes. E o sub-20, uma, no ano passado, batendo o Brasil de Paulo Henrique Ganso na final. Além disso, foi vice-campeão de Mundiais menores quatro vezes. Os ganenses, no entanto, ainda não conseguiram a transição. Para eles, o futebol ainda é um desafio contra a elite mundial.
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Última vez em que bicampeã mundial chegou à semifinal foi no ano do tri do Brasil. Time de Forlán e Suárez deve ter duas mudanças


Único remanescente do grupo A com chance de título mundial, o Uruguai volta a campo nesta sexta-feira pelas quartas de finais da Copa 2010. A próxima adversária na luta pelo tricampeonato é Gana, no estádio Soccer City, em Joanesburgo, às 15h30 (horário de Brasília). Se vencer e alcançar as semifinais, os uruguaios repetem uma marca que o país obteve pela última vez em 1970, no México, quando foi derrotado pelo Brasil, que acabaria levando o tri naquela ocasião. Curiosamente, Uruguai e Gana nunca se enfrentaram por torneios oficiais ou mesmo amistosos. Quem se sobressair no Soccer City enfrentará Brasil ou Holanda em uma das semis.

Com mais tradição do que o rival africano (está na décima Copa, ao passo que os ganenses jogam a segunda), que nunca havia ido tão longe em uma Copa do Mundo, a seleção "Celeste" se ancora no bom desempenho de Diego Forlán e Luis Suárez no ataque para almejar a vitória. A dupla marcou cinco dos seis gols do Uruguai na África do Sul. A defesa também pode se orgulhar, pois sofreu apenas um gol em quatro partidas disputadas, justamente na vitória por 2 a 1 sobre a Coreia do Sul, nas oitavas de finais.
O técnico Oscar Tabárez sinalizou duas alterações na formação titular em relação ao jogo contra os asiáticos. Como previsto, o zagueiro Diego Godín está fora em razão de dores musculares na coxa esquerda. No seu lugar, entra Mauricio Victorino, para compor a zaga ao lado do capitão Lugano, ex-São Paulo. Já o meio-campista Álvaro Pereira perdeu seu lugar para Álvaro Fernandez por opção do treinador. Fernandez possui características mais ofensivas. Aliás, Tabárez não esconde que seu time terá uma postura voltada para o ataque.
"Um jogo de quartas de final de uma Copa é como uma decisão. E para ter chance de ganhá-lo você tem que marcar gols", afirmou o técnico, que disputa seu segundo Mundial à frente da seleção uruguaia - em 1990, na Itália, levou-a às oitavas de final.

Motivação pelo ineditismo
Além de buscar uma inédita semifinal para seu recente retrospecto em Copas do Mundo, Gana tem uma motivação ainda maior para tentar bater o Uruguai: nunca uma seleção africana ficou entre as quatro melhores de um Mundial. Os melhores resultados do continente são três presenças em quartas de finais, com Camarões (1990), Senegal (2002) e, neste ano, Gana. Apesar da Copa 2010 ser realizada pela primeira vez em território africano, apenas os ganenses conseguiram superar a fase inicial, de grupos.
A grande esperança de gols dos africanos é Asamoah Gyan, que defende o Rennes, da França, e neste Mundial marcou três dos quatro gols de sua seleção, ou seja, 75%. Pelo objetivo de ser o primeiro artilheiro de uma Copa nascido no continente, o atacante não esconde a confiança para ser um dos destaques do torneio. Entretanto, Gana não poderá jogar com força máxima, já que o atacante André Ayew, filho do ídolo Abedi Pelé, e o zagueiro Jonathan Mensah, estão suspensos pelo acúmulo de dois cartões amarelos na emocionante partida das oitavas de finais contra os Estados Unidos, que acabou 2 a 1, após bela atuação do goleiro Kingson.
Sem definir os substitutos de Ayew e Mensah, o técnico sérvio Milovan Rajevac ainda tem de esperar a palavra do departamento médico para definir os titulares, pois o desgaste físico pode tirar de ação algumas peças. O mais provável é que Addy e Appiah entrem na formação inicial. O discurso do treinador é humilde às vésperas de mais uma decisão, pregando cuidado com o Uruguai. "É um adversário que merece respeito por sua história, por seu futebol e porque a presença de quatro seleções latino-americanas no torneio indica que o futebol de lá é extraordinariamente bom", disse Rajevac.
Nesta quinta-feira, surgiu a especulação de que o árbitro da partida, o português Olegário Benquerença, não tinha sido designado inicialmente para o duelo. Segundo o boato, o inglês Howard Webb seria o responsável pela arbitragem, mas isso gerou temores no país sul-americano de uma possível represália do juiz pela atuação do uruguaio Jorge Larrionda no confronto entre Alemanha e Inglaterra nas oitavas, quando um gol legal dos ingleses, após a bola ter cruzado a linha do gol, não foi validado. Diante disso, a federação uruguaia teria pedido para Fifa trocar o apitador da partida. Porém, a entidade negou a veracidade desta alegação.
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Brasil naufraga no 2º tempo contra a Holanda e dá adeus à Copa e põe fim a era Dunga



Acabou o sonho do hexacampeonato da Seleção Brasileira na Copa do Mundo da África do Sul. O time comandado por Dunga naufragou no segundo tempo e perdeu de virada por 2 a 1 para a Holanda nas quartas de final, nesta sexta-feira, em Port Elizabeth.
Agora a Holanda viaja para a cidade do Cabo, para enfrentar o vencedor do duelo entre Uruguai e Gana. O adversário será conhecido ainda nesta sexta. O Brasil volta para casa já neste sábado.
Um novo nome a ser anotado na história como carrasco do futebol brasileiro: Wesley Sneijder. O camisa 10 da Holanda foi o principal responsável pela virada. Depois de levantar a bola na área e provocar o gol contra de Felipe Melo, marcou de cabeça - na altura dos seus 1,70 m, o gol que enterrou a participação brasileira na Copa.
Felipe Melo, que havia dado uma bela assistência no primeiro tempo quando o Brasil abriu o placar, teve um final trágico na partida. Além de ter marcado contra, acabou expulso depois de pisar no craque holandês Robben. Foi a imagem do apagão que sofreu o Brasil no segundo tempo. Os jogadores mostraram desespero e desequilíbrio em campo.
No começo do jogo, foram os holandeses que ficaram perdidos. Até pareciam muito bem armados nos primeiros movimentos. Davam espaço para a primeira saída de bola do Brasil, depois tentavam agressivamente o desarme a partida da intermediária de seu ataque. Numa clara proposta de não deixar a bola chegar redonda até os homens de frente da Seleção.
Mas a engrenagem holandesa falhou e Felipe Melo deu uma assistência milimétrica do meio de campo e deixou Robinho na cara do gol. De primeira, o atacante arrematou sem chances para o goleiro Stekelenburg. Isso com apenas 10 minutos de jogo.
Estranhamente quem tentava acompanhar Robinho era o craque ofensivo do time holandês, Robben. Depois de não alcançar o atacante brasileiro e ver a rede balançar se virou para o banco de reservas e levou uma bronca do técnico Van Marwijk. Não gostou, abriu os braços e reclamou. Fez sinal de que não era ele que deveria estar ali.
O gol desajustou a organizada equipe holandesa. Os brasileiros de aproveitaram e continuaram criando boas chances. Juan chutou por cima do travessão após cruzamento de Daniel Alves. Kaká por pouco não fez um golaço de cobertura - o goleiro holandês salvou.
A defesa brasileira também foi eficiente nos lances capitais do primeiro tempo. Robben tentava sua jogada característica de receber a bola pela ponta direita, cortar para dentro e arrematar com a esquerda. Era parado no domínio de bola por Michel Bastos - algumas vezes com falta - ou na hora da finalização pelos zagueiros e volantes.
Mas, logo com 8 minutos de bola rolando no segundo tempo, um lance que parecia banal mudou novamente o jogo. Sneijder cruzou a bola em direção ao gol brasileiro. Júlio César saiu do gol para tentar afastar com um oco, trombou com o volante Felipe Melo e viu a rede balançar. A bola ainda resvalou na cabeça do volante brasileiro.
Abalado, o Brasil passou a assistir a Holanda em campo. O time europeu aproveitou e deu a cartada final aos 23min. Depois de cobrança de escanteio de Robben, Kuyt desviou no primeiro pau e Sneijder nem precisou pular para arrematar. Sozinho, sem marcação. A zaga brasileira toda ficou apenas assistindo ao lance.
Dunga ainda tentou uma medida desesperada e colocou Nilmar no lugar do artilheiro do time, Luis Fabiano. Com um jogador a menos, a Seleção até tentou contra-ataques, mas não deu. Foi o fim do sonho do hexa.

Próxima fase
Por um lugar na final da Copa, a seleção holandesa volta a jogar na próxima terça-feira, às 15h30 (de Brasília), na Cidade do Cabo. A Holanda aguarda ainda o adversário, que sai do confronto entre Uruguai e Gana, ainda nesta sexta, às 15h30.

Primeiro tempo: Grande atuação brasileira
Cada equipe entrou em campo com um desfalque no time titular. Pelo lado brasileiro, Elano, que se lesionara diante da Costa do Marfim, foi novamente substituído por Daniel Alves. As novidades foram a volta de Felipe Melo à equipe e de Júlio Baptista ao banco de reservas. Ramires, suspenso, ficou de fora.
A Holanda surpreendeu minutos antes do início do jogo: Mathijsen, já no aquecimento para a partida, sentiu uma lesão no joelho e precisou ser sacado. Bert van Marwijk confiou a titularidade ao experiente Ooijer, remanescente do confronto entre holandeses e brasileiros na Copa de 98.
A expectativa por um jogo equilibrado no primeiro tempo só durou até Yuichi Nishimura apitar o início. O Brasil teve 45 minutos de grande atuação coletiva, com boa posse de bola, marcação sempre aplicada e o domínio de todas as ações em campo.
A Holanda teve sérias dificuldades para se impor e ficou claramente nervosa, principalmente por estar atrás do placar durante quase todo o tempo. Os jogadores holandeses chegaram duro e contaram com a vista grossa da arbitragem, que deixou o jogo correr e marcou até mais faltas dos brasileiros, com 10 infrações contra 9.
O jogo duro dos holandeses não impediu o Brasil de fazer um primeiro tempo de alto nível. Já aos 5min, os brasileiros ensairam a abertura do placar: com a defesa adversária adiantada, Daniel Alves saiu livre à frente do gol e só rolou para Robinho marcar. Por poucos centímetros, o o lance foi corretamente anulado pela arbitragem.
A jogada era a senha para entrar na defesa holandesa e o Brasil a repetiu. Felipe Melo, na saída de bola pelo meio-campo, viu Robinho entrando em diagonal, da esquerda para a direita, e colocou com perfeição entre os marcadores. Robinho foi rápido e preciso, tocando antes da saída de Stekelenburg e partindo para a comemoração já com 10min de jogo.
A Holanda até ensaiou uma reação, com Kuyt invadindo a área pela esquerda e exigindo defesa de Júlio César, mas ficou praticamente nisso. Aos 24min, o Brasil assustou de novo na sempre forte jogada áerea: Daniel Alves recolheu bola solta após escanteio e cruzou bem na cabeça de Juan, que jogou por cima de cabeça.
Um dos principais jogadores em campo, Robinho fez jogada primorosa pela esquerda: passou por dois holandeses e rolou para Luís Fabiano, que de letra deixou Kaká de frente para o gol, da entrada da área. O chute do camisa 10 por pouco não entrou e foi freado por grande intervenção do goleiro Stekelenburg.
Sem conseguir tocar a bola e fugir da marcação dos brasileiros, a Holanda ao menos adiantou suas linhas e jogou no campo de ataque na última parte do primeiro tempo. A única jogada de perigo, porém, foi em cobrança de falta de Sneijder, de longe. Companheiro de Inter de Milão, Júlio César defendeu fácil.
Os brasileiros ainda assustariam novamente, naquele que foi o último lance da etapa inicial. Maicon fugiu solto pela direita, recebeu de Daniel Alves em boa condição e chutou firme, no canto. Stekelenburg pegou novamente.

Segundo tempo: a virada holandesa
O jogo não retornou com cenário muito diferente da primeira etapa, mas um gol acidental marcado pelos holandeses mudou todo o panorama da partida. Sneijder cobrou falta rápida e recebeu de volta de Robben. O camisa 10 cruzou na área, Júlio César trombou com Felipe Melo e a bola foi parar no fundo da rede. A Fifa assinalou gol contra do volante brasileiro.
O gol de Sneijder mudou a postura das equipes: antes nervosa e com dificuldades para tocar a bola, a Holanda se assentou em campo e passou a jogar no ataque. O Brasil, de soberano se tornou coadjuvante, e só assistiu aos holandeses.
Daniel Alves ainda assustou em chute de fora da área que passou próximo ao gol. Novamente, do meio da rua, o Brasil levou perigo em lance de Kaká, mas a bola saiu de novo pela linha de fundo.
Mais uma vez pelo alto, a Holanda chegou ao gol brasileiro e virou o placar. Com 23min, Robben cobrou escanteio, Kuyt desviou por cima e Sneijder, livre, empurrou de cabeça para o gol e deu início ao desespero do time de Dunga.
Nervosos, os jogadores brasileiros caíram em um jogo que favorecia o time holandês. Felipe Melo chegou duro em Robben e, depois de fazer uma falta, pisou em cima do adversário. O lance não foi perdoado pelo árbitro japonês, que deixou o Brasil com um a menos aos 28min da etapa final.
Com duas alterações disponíveis, mas um jogador a menos, Dunga foi conservador na troca e colocou Nilmar no lugar de Luís Fabiano. O Brasil só conseguia chegar nas bolas aéreas e assustou os holandeses no abafa em dois escanteios.
Desatento e desarrumado, a Seleção vacilou na defesa e por pouco não deixou Júlio César em maus lençóis após uma bola recuada. A única boa chance do Brasil foi em arrancada de Kaká, pela ponta esquerda, aos 38min. O jogador brasileiro levou a marcação, mas foi bem travado na hora da finalização.
Era o fim do Brasil no Mundial: descontrolado, perdeu toda a organização em campo e deu adeus à Copa do Mundo, pela segunda vez consecutiva, nas quartas de final.
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